"Enquanto eu tiver perguntas e não houver respostas...Continuarei a escrever" - Clarisse Lispector

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Amante do caos




Amante do caos


Gosto de provocar as pessoas. Se todos vão para um lado, eu vou para o outro – dar o contra já se tornou minha especialidade. Adoro o que é desafiador, o esquisito, fora dos padrões.

Gosto de fazer comentários polêmicos, politicamente incorretos, que incomodam as massas. Provoco, cutuco, às vezes nem estou expressando minha opinião verdadeira, só quero encher o saco mesmo. Delicio-me com a expressão que alguém faz quando seus ideais são criticados.

Faço perguntas absurdas, nem nexo e de vez em quando idiotas. Faço-me de burra, para irritar, e também faço-me de intelectual, pelo mesmo fim. Se encontro uma figura arrogante então, dedico-me completamente a estragar seus argumentos e deixá-la aborrecida.

Por causa de certos acontecimentos e influências, desenvolvi um sadismo inquieto. Ele não faz parte da minha essência, mas se manifesta frequentemente. É claro que quando necessário, paro com as brincadeiras e mostro minha real opinião (e também a defendo até o fim). Mas se tiver liberdade para atormentar todos a minha volta, não perco a chance.

Sou um monstro? Não, nem tanto. Uma pentelha, talvez, usando um eufemismo. Podem me chamar de amante do caos.

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